quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Oficina: JOGOS

Universidade Federal de Minas Gerais
Disciplina: As interfaces do ensino-aprendizagem da língua escrita.
Professora: Mauricéia Silva de Paula Vieira
Alunas: Aline Peixoto, Ana Paula, Paula Menezes e Suryam
Turma: M/N

JOGOS

Importância das atividades lúdicas no contexto educacional

Na Educação muitas vezes relacionamos jogos e brincadeiras como algo para o aluno fazer em casa, no recreio e/ou nas aulas de Educação Física. Culturalmente somos programados para não sermos lúdicos. Entretanto, as ações educativas desenvolvidas por meio de jogos e de brincadeiras possibilitam à criança a apropriação da realidade, expressão de fantasias, desejos, medos, sentimentos, sexualidade e agressividade. Assim, os jogos e as brincadeiras podem ser entendidos como situações-problema, entendendo que problema é toda situação na qual seja solicitado que as crianças ponham em jogo o que sabem para lidar com novos desafios na busca de respostas.(Proposições Curriculares Ensino Fundamental,2009,p.21)
“(...) o jogo pede superação de obstáculos, persistência e espírito lúdico; exige concentração, organização, disciplina, envolvimento, participação e cooperação. Por permitir que a criança tematize sobre suas produções durante cada partida, investigue sobre as ações mais favoráveis para vencer, analise seus erros e corrija suas ações, o jogo acaba por promover um conjunto de atitudes mais favoráveis à aprendizagem, uma melhor auto estima e autoconfiança.” (TORRES, 2003)
O papel dos jogos na formação da criança

Para que a criança do 1° Ciclo seja capaz de reconstruir operações mentais, é necessário, primeiramente, que concretize a operação por meio de ações, nas quais ela operará por semelhanças, correspondências entre formas, descobrindo vínculos entre elementos.
Os jogos em grupo têm importante papel no desenvolvimento da autonomia, da capacidade de descentrar-se e coordenar diferentes pontos de vista, na expressão de idéias e no estabelecimento das relações entre as coisas. Sendo assim, a brincadeira e o jogo tornam-se um recurso privilegiado de desenvolvimento da criança, oportunizando a cooperação espontânea, uns ajudam os outros e o professor ajuda a todos, atuando na zona de desenvolvimento proximal para promover avanços na aprendizagem individual e coletiva.
As atividades lúdicas fazem parte da vida do ser humano e, em especial, da vida da criança, desde o início da humanidade. Entretanto essas atividades, por muitos séculos, foram vistas como sendo sem importância e tendo conotação pejorativa.
A criança, ao brincar, vai criando suas experiências, contribuindo e construindo conhecimentos acerca do mundo e do outro com quem se relaciona. Dessa forma, o brincar auxilia na constituição do indivíduo como sujeito, possibilitando que ele seja capaz de regular voluntariamente sua conduta, pois é pelo brincar que a criança se apropria das significações produzidas nas relações sociais, constituindo-se sujeito.

Desenvolvimentos adquiridos através das atividades lúdicas
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança:
Desenvolva a coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo, direção a seguir;
Participe do desenvolvimento em seus aspectos biopsicológicos e sociais;
Desenvolva livremente a expressão corporal, que favorece a criatividade;

Papel do professor

Com a utilização desses recursos pedagógicos, o professor poderá utilizar-se, por exemplo, de jogos e brincadeiras em atividades de leitura ou escrita em matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar os recursos no momento oportuno, uma vez que as crianças desenvolvam o seu raciocínio e construam o seu conhecimento de forma descontraída. Apesar do jogo ser uma atividade espontâneas nas crianças, isso não significa que o professor não necessite ter uma atitude ativa sobre ela, inclusive, uma atitude de observação que lhe permitirá conhecer muito sobre as crianças com que trabalha. A criação de espaços e tempos para os jogos é uma das tarefas mais importantes do professor, principalmente na escola de educação infantil. Cabe-lhe organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de jogos, de forma, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos. O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que despertam pelo material de que são feitos. Lembrando sempre da importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade das crianças.

JOGO ORTOGRÁFICO DOS 7 ERROS
Capacidades a serem desenvolvidas:
- Dominar as regularidades e irregularidades ortográficas.
- Aprendizagem para trabalhar em grupo e saber competir
- Trabalho com ortografia
- Trabalhar a escrita

Desenvolvimento

- Cada grupo receberá cartelas com palavras retiradas de um texto trabalhado (músicas, parlendas, poemas...), com enfoque nas necessidades pedagógicas da turma, sendo que em sete palavras deve-se encontrar erros tais como: omissão de letras, troca de letras, utilização de letras maiúsculas e minúsculas em lugares indevidos, etc.
- O grupo deverá encontrar as palavras com os sete erros e copiá-las no caderno corrigindo os mesmos. Pode ser feito um rodízio das cartelas entre os grupos para que todos participem dos desafios.
- O grupo marcará e corrigirá (reescrita) as palavras com grafia incorreta e no momento do “seminário ortográfico” explicará para turma onde está o erro e como se escreve corretamente as palavras.
Exemplo:
- Esse jogo pode ser realizado a partir de músicas infantis disponíveis no site: http\\ letras.terra.com.br\ temas-infantis\

1- Abertura do Ben 10
A istória comessou quando um relógio esquizito  Grudou no pulsso dele vindo lá do infinito Agora tem poderes e com eles fas bonito  É o Ben 10
Se acaso encontrá-lo você vai se admirar  Diante de seus olhos ele vai se transforma Em um ser alieníghena Que bota pra quebrar É o Ben 10
Com seus poderes vai combater Os inimigos e vai vencer Ele não foge de medo ou dor Moleke muito irado Seja onde for
É o Ben 10.

2- Alecrim
Alecrim, Alecrim dorado Que naceu no campo Sem ser cemeado  Alecrim, Alecrim dorado Que naceu no campo  Sem ser cemeado
Foi meu amor Que me dise assim Que a flor do campo é o alecrim  Foi meu amor Que me dise assim Que a flor do campo é o alecrim
Alecrim, Alecrim dorado Que naceu no campo Sem ser cemeado  Alecrim, Alecrim dorado  Que naceu no campo Sem ser cemeado.

BINGO MUSICAL

Capacidades a serem desenvolvidas:
- Participar das interações cotidianas em sala de aula escutando com atenção e compreensão.
Organização da turma
- Individual ou em duplas
Materiais
- Música, cartela, fichas com palavras.

Desenvolvimento
- Selecionar uma música e executá-la para a turma ouvir, distribuir cartelas e fichas com palavras selecionadas da música.
- Ao ouvir as palavras que estão nas fichas ir marcando na cartela. Vence o jogo quem preencher a cartela primeiro.

Exemplo:
Música - PIRULITO QUE BATE BATE

Pirulito que bate bate,
Pirulito que já bateu.
Quem gosta de mim e ela
E quem gosta dela sou eu.

- Palavras na cartela – BATE PIRULITO DELA GOSTA ELA EU

RPG
O RPG (Role Playing Game ou jogo de interpretação de papéis) pode ser definido como uma brincadeira de contar histórias que se realiza em grupos. No RPG os ouvintes ou jogadores participam da construção da narrativa por meio de opiniões e elaborando a fala de alguns personagens.

Introdução ao tema:
- Contar histórias é contar História?
- RPG é uma maneira de se contar histórias interativas. Ou seja, é um tipo de jogos cujo objetivo é a construção coletiva de narrativas orais. Narrar histórias é uma das mais antigas tradições da humanidade. A própria História começou assim.

1- Quais são os atores?
- O Narrador do jogo cria o cenário, elabora os objetivos e desafios e os propõe aos jogadores. Cada jogador cria, seguindo certas regras, o seu personagem e o interpreta.

2- Como se joga RPG?
- A história ou “aventura”, como são chamadas as histórias de RPG, normalmente contém um desafio: resgatar uma Princesa. O objetivo do jogo é vencer o desafio proposto pelo narrador no decorrer da história.

3- O que são o grupo de RPG/ Jogadores?
- Para jogar os jogadores precisam cooperar entre si e isso é o grupo.
Um dos pressupostos teóricos seriam a utilização do lúdico no ensino, contação de histórias como instrumento lúdico, Múltiplas tramas de uma história, liberdade criativa ao aluno, indivíduo é sujeito da história, alteridade.

4- Possibilidades de uso do RPG como instrumento facilitador da aprendizagem.
Resolução de situações-problema;
Aplicação de conceitos em situações práticas do dia-a-dia;
interdisciplinaridade;
expressão oral; expressão corporal;
preocupação e respeito ao outro;
cooperação;
trabalho em grupo e aprendizagem cooperativa;
trabalhar em grupo;
desenvolvimento da empatia histórica;
lidar com a norma culta;
refletir sobre o tempo histórico;
refletir sobre o ofício de historiador e escritor;
E muitas e muitas outras...
Considerações finais
Alfabetizar utilizando jogos e brincadeiras é uma boa maneira de proporcionar uma aprendizagem significativa. Além disso, o prazer de aprender pode ser uma chave para o desenvolvimento da autoconfiança. Perder o medo e o sentimento de incapacidade é o primeiro passo para ousar e intervir na sociedade de modo mais autônomo. Entrar no mundo da leitura e escrita, fazer descobertas a partir de jogos, parlendas e brincadeiras é muito mais prazeroso e desafiador e é com certeza mais motivador e interessante.

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